
DOBERMANN DI AMABILE
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA
Fédération Cynologique Internationale
GRUPO 2
Padrão FCI 143
14/02/1994
Padrão Oficial da Raça
DOBERMANN
Classificação F.C.I.: Grupo 2 - Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e Montanheses .
Seção 1- Tipo Pinscher e Schnauzer.
1.1- Pinscher.
Padrão FCI no 143 - 14 de fevereiro de 1994.
País de origem: Alemanha
Nome no país de origem: Dobermann
Utilização: Companhia, guarda e trabalho
Sujeito à prova de trabalho para campeonato internacional.
Sergio Meira Lopes de Castro - Presidente da CBKC
Domingos Josué Cruz Setta - Presidente do Conselho Cinotécnico
Tradução: Suzanne Blum
![]() Zordan Zewi Del Citone"El Maestro" 2 x Campeão Mundial (estrutura) |
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DOBERMANN
NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO
RESUMO HISTÓRICO:
O Dobermann é a única raça que leva o nome do seu criador de origem, Friedrich Louis Dobermann (02.01.1834- 09.06.1894). Supõe-se que ele fora um cobrador de impostos, gerente de abatedouro (vísceras) e, em período não integral, pegador de cães, legalmente habilitado a apreender todos os cães perdidos. Para sua criação, ele escolheu de sua reserva, os cães que eram particularmente agressivos. Os assim chamados “cães de açougueiros”, que eram considerados, nessa ocasião, uma raça relativamente pura, tiveram um papel muito importante na origem da raça Dobermann. Estes cães foram um tipo antigo de Rottweiler, misturados com um tipo de pastor preto com marcações de cor ferrugem avermelhada que existiu em “Thüringen”. Esta mistura de raça foi trabalhada pelo Sr. Dobermann nos anos de 1870. Deste modo, obteve, “sua raça”: não apenas alerta, mas um cão de trabalho altamente protetor para casa e família. Eles eram freqüentemente utilizados como guardiães e cães de polícia. Sua extensa utilização no trabalho policial deu-lhe o apelido de “Gendarme dog”. Eram também, utilizados em caçadas para controlar grandes animais predadores. Nessas circunstâncias, era claro que o Dobermann fosse reconhecido oficialmente como “Cão de Polícia”, no início do século XX. O padrão da raça Dobermann pede um cão de porte médio, poderoso e musculoso. Apesar de sua substância ele deve ser elegante e nobre, o que se evidencia pela sua silhueta. Deve ser excepcionalmente adequado como cão de companhia, proteção e utilidade, como também, cão de família.
APARÊNCIA GERAL:
o Dobermann é de tamanho médio, de construção forte e musculoso. Através das elegantes linhas de seu corpo, seu porte orgulhoso e sua expressão determinada, ele configura a imagem ideal de um cão.
PROPORÇÕES IMPORTANTES:
a conformação do Dobermann aparenta ser quase quadrada, particularmente nos machos. O comprimento do corpo, medido da ponta do esterno até a ponta do ísquio, não deve ser maior que 5% da sua altura na cernelha ao solo, nos machos e 10% nas fêmeas.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO:
a característica do Dobermann é ser amigável e calmo; muito dedicado à família e gosta de crianças. É desejável um temperamento e agressividade médios. É desejado, também, um limiar médio de excitação. Fácil de ser treinado, o Dobermann gosta de trabalhar, devendo possuir para tal, uma boa habilidade, coragem e firmeza. São requeridos valores de autoconfiança e intrepidez, como também, adaptabilidade e atenção para se ajustar ao ambiente social.
CABEÇA
REGIÃO CRANIANA: forte e em proporção ao corpo. Vista por cima, a cabeça tem a forma de uma cunha. Vista pela frente, a linha do crânio deve ser quase plana sem cair para as orelhas. A linha do focinho se estende quase reta, em relação à linha superior do crânio, a qual cai suavemente arredondada para a linha do pescoço. A arcada superciliar é bem desenvolvida, sem ser proeminente. O sulco sagital é ainda visível. O occipital não deve ser eminente. Vista de frente e de cima, os lados da cabeça não devem ser protuberantes. A ligeira protuberância entre a parte posterior do osso maxilar superior e o osso malar deve estar em harmonia com o comprimento total da cabeça. Os músculos da cabeça devem ser bem desenvolvidos.
Stop: leve, mas visivelmente desenvolvido.
REGIÃO FACIAL
Trufa: narinas bem desenvolvidas, mais para largas que para redondas, com aberturas amplas, sem serem proeminentes. Preta, em cães pretos; nos cães marrons, tons correspondentes mais claros.
Focinho: deve estar em proporção com o crânio, ser fortemente desenvolvido e profundo. A abertura da boca deve ser ampla, alcançando os molares. Uma boa largura do focinho também deve estar presente nas partes superior e inferior dos incisivos.
Lábios: devem ser firmes e lisos, bem juntos aos maxilares, o que proporciona uma correta oclusão da boca. Pigmentação escura nos cães marrons, um tom ligeiramente mais claro.
Maxilares / Dentes: poderosos maxilares, tanto o superior quanto o inferior; mordedura em tesoura; 42 dentes corretamente colocados e de tamanho normal.
Olhos: de tamanho médio, ovais e de cor escura. Nuanças mais claras são permitidas em cães marrons. Pálpebras bem aderentes e revestidas por pêlos.
Orelhas: de inserção alta, portadas eretas e cortadas com um comprimento proporcional à cabeça. Nos países onde o corte é proibido, as orelhas inteiras são igualmente reconhecidas (de preferência, tamanho médio e com a borda anterior caindo rente às bochechas).
PESCOÇO: de bom comprimento, proporcional ao corpo e à cabeça. É seco e musculoso. Seu contorno é ascendente e ligeiramente curvado. Seu porte é ereto e demonstra muita nobreza.
TRONCO
Cernelha: pronunciada em comprimento e altura, especialmente nos machos, determinando, assim, uma linha superior ascendente da garupa para a cernelha.
Dorso: curto e firme, de boa largura e bem musculoso.
Lombo: de boa largura e bem musculoso. A fêmea pode ser ligeiramente mais longa no lombo porque ela requer de espaço para amamentar.
Garupa: levemente caída, dificilmente perceptível do osso sacro à raiz da cauda, parecendo assim bem arredondada, sem ser horizontal nem caída. Boa largura com forte musculatura.
Peito: o comprimento e a profundidade devem ser bem proporcionais ao comprimento do corpo. A profundidade com costelas ligeiramente arqueadas, deve ser de, aproximadamente, 50% da altura do cão na cernelha. Peito de boa largura e especialmente bem desenvolvido no antepeito.
Linha inferior: da ponta do esterno à pélvis, a linha inferior é perceptivelmente esgalgada.
CAUDA: de inserção alta e amputada curta, de forma que duas vértebras caudais permaneçam visíveis. Nos países onde a caudectomia é proibida, a cauda permanece natural.
MEMBROS ANTERIORES
Generalidades: vistos de qualquer ângulo, são quase retos, verticais para o solo e fortemente desenvolvidos.
Ombros: escápula bem ajustada contra o tórax, bem musculosos em ambos os lados da borda da escápula e ultrapassa o ápice da vértebra torácica, o mais inclinada possível e bem colocada para trás. O ângulo com a horizontal é de aproximadamente, 50%.
Braços: de bom comprimento, bem musculosos, o ângulo com a escápula é de aproximadamente 105° a 110°.
Cotovelos: bem ajustados, sem virarem para fora.
Antebraços: fortes e retos. Bem musculosos. Comprimento em harmonia com o corpo inteiro.
Carpos: fortes.
Metacarpos: ossatura forte. Vistos de frente, retos. Vistos de perfil, com uma ligeira inclinação, máximo 10°.
Patas anteriores: curtas e fechadas. Dedos bem arqueados para cima (pés-de-gato). Unhas curtas e pretas.
POSTERIORES
Generalidades: vistos por trás, o Dobermann parece, por causa do seu bom desenvolvimento muscular pélvico nas ancas e garupa, largo e arredondado. Os músculos, que vão da bacia para a coxa e a perna resultam em uma largura bem desenvolvida, na região da coxa, na articulação do joelho e na perna. Os posteriores são fortes, retos e paralelos.
Coxas: de bom comprimento e largura, bem musculosas. Boa angulação da articulação coxofemoral. Angulação com a horizontal de aproximadamente 80° a 85°.
Joelhos: articulação forte, formada pela coxa, perna, bem como a rótula. A angulação do joelho é de 130°.
Pernas: de comprimento médio e em harmonia com o comprimento total dos membros posteriores.
Jarretes: medianamente fortes e paralelos. A tíbia articula-se com o metatarso na articulação do jarrete (ângulo em torno de 140°).
Metatarsos: curtos e verticais ao solo.
Patas posteriores: assim como os anteriores, os dedos são curtos, arqueados e compactos. Unhas curtas e pretas.
MOVIMENTAÇÃO: de especial importância tanto para o trabalho quanto para a aparência externa. Movimentação elástica, elegante, ágil, livre e boa cobertura de solo. Os anteriores alcançam o mais longe possível. Os posteriores fornecem a impulsão necessária pela elasticidade de seus movimentos. O anterior de um lado e o posterior de outro se movimentam ao mesmo tempo. Deve apresentar boa estabilidade no dorso, nos ligamentos e articulações.
PELE: bem ajustada por todo corpo e bem pigmentada.
PELAGEM
Pêlos: curtos, duros e espessos. Muito bem assentados, lisos e igualmente distribuídos sobre toda a superfície. Subpêlos não são admitidos.
COR: preto ou marrom, com marcações vermelho ferrugem claramente definidas e limpas. As marcas estão sobre o focinho, nas bochechas, acima dos olhos, na garganta, duas marcas no antepeito, nos metacarpos, metatarsos e patas, na face interna das coxas, nos braços e sob a cauda.
TAMANHO / PESO
Altura: no ponto mais alto da cernelha.
Machos: 68 - 72 cm.
Fêmeas: 63 - 68 cm.
O tamanho médio é o desejado.
Peso: Machos: em torno de 40 - 45 quilos.
Fêmeas: em torno de 32 -35 quilos.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
Aparência geral: inversão de características sexuais; pouca substância; muito leve ou pesado; muito pernalta; ossos fracos.
Cabeça: muito pesada; muito estreita; muito curta; muito longa; muito ou pouco stop; nariz romano; inclinação inadequada da linha superior do crânio; mandíbula fraca; olhos redondos ou em fenda; olhos claros; bochechas muito pesadas; lábios pendentes; olhos protuberantes ou muito profundos; orelhas inseridas muito altas ou muito baixas; comissura labial frouxa.
Pescoço: ligeiramente curto; muito curto; pele solta na garganta; barbela; muito longo (em desarmonia); pescoço de ovelha.